Memórias... Histórias... Aspirações
O que fui... O que me tornei... De agora em diante, o que será?
Sunday, June 04, 2017
Monday, May 06, 2013
Tuesday, April 23, 2013
Mídias na Educação
Desde 2006 venho trabalhando com uso de TICs na escola. Na medida em que, na graduação, algumas ferramentas me foram sendo apresentadas eu não consegui mais parar de pensar em levar tudo que de melhor existe para dentro da escola onde eu estive desde então.
E estive em muitos lugares... A vida andou me levando por caminhos que eu nem imaginava... Por vezes muito difíceis mas como em todo caminho eu também encontrei lugares incomparáveis e pessoas que hoje são imprescindíveis em minha vida.
Encontrei escolas, professores, alunos e pais com os quais mantenho contato até hoje mesmo distante através do uso das tecnologias que lancei mão enquanto estava atuando com aquela comunidade.
Meus alunos são meu termômetro. E vejo que eles gostam muito quando podem construir e registrar seus conhecimentos utilizando as tecnologias que têm a mão. Por isso em 2012 iniciei uma Especialização em Mídias na Educação. Assim estou aprendendo ainda mais e melhores ferramentas com as quais pretendo re-encantar meus alunos por uma escola que muitas vezes não é atrativa.
Atualmente não estou atuando em sala de aula. A partir de 2013 estou vice diretora em um turno e supervisora no outro. Esta já era uma vontade de uns dois anos atrás quando eu comecei a sentir que poderia sair da sala de aula e ir para um lugar onde eu pudesse fazer acontecer com um número maior de pessoas e é isso que estou tentando fazer: levar para a escola onde estou atuando um mundo de tecnologias a favor de uma educação de qualidade.
Tuesday, May 01, 2012
Afinidades, de Arthur da Távola
"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado."
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado."
Encontrei esta fala que retrata um pouco do que penso acerca de pessoas com as quais encontro e com as quais tenho a plena certeza de que já as encontrei e com elas me relacionei mesmo sem nunca ter com elas convivido um dia sequer, tamanha a afinidade que temos no que fazemos, nas ideias que povoam nossa mente ou em entender o que o outro pensa apenas com o olhar...
Monday, March 26, 2012
Em 2012 tenho tido oportunidade de abraçar uma nova causa: o Ensino Médio Politécnico. Muitas têm sido as críticas quanto a implantação desta nova metodologia. Penso que a metodologia de projetos de aprendizagem deveria ser utilizada desde que os pequenos entram pela primeira vez no ambiente escolar. Como não é assim que funciona, temos agora uma imposição do governo do RS que implanta em todo o Ensino Médio da rede estadual esta nova Lei.
Trabalho na coordenação da EEEM La Salle e desde a graduação que fiz EAD pela UFRGS sou apaixonada pelas perguntas e pesquisas realizadas pelos meus alunos que ao final as apresentam com tanto entusiasmo e orgulho pela construçaõ do próprio conhecimento que me deixam emocionada.
Atualmente trabalho com os professores tentando mostrar a eles esta nova possibilidade que está sendo oferecida e que com certeza nos renderá bons frutos. Teremos dificuldades sim, porque nossos alunos vêm estudando todos os anos individualmente, sentados de frente para o professor de maneira a ouvir e aprender tudo que o professor precisa explicar. Com a nova metodologia o aluno passa a ser agente transformador através da sua própria busca pelo conhecimento sob a orientação do professor.
Os professores têm socializado experiências, vontades, ideias, angústias e principalmente estão dispostos a lutar pela continuidade ou pelo recomeço na construçao dos projetos dos alunos. Sabemos que precisamos semear nossas sementinhas de valorização da educação que muitas vezes são sufocadas pelas ervas daninhas que tentam minar uma educação que liberta e dá autonomia aos cidadãos porque eles certamente vão aprender a duvidar e questionar e possivelmente investigar tantos desvios e falcatruas que vimos diariamente ser noticiadas com direito a filme e foto, evidências que colocariam qualquer ladrão de galinha atrás das grades mas que por conchavos politicopartidários acabam sendo colocados embaixo de panos quentes.
Estamos caminhando por uma estrada que não conhecemos tanto assim, mas na Escola La Salle vamos juntos, lado a lado, opinando, nos equivocando e aparando arestas. Assim, tenho certeza que vamos vislumbrar um horizonte claro, verdejante, iluminado pelo progresso mas sustentado numa metodologia que realmente faça dos nossos alunos cidadãos que façam a diferença neste mundo que tanto necessita de pessoas curiosas e comprometidas com a construção de um mundo melhor.
Friday, July 01, 2011
Recebi hoje e-mail da minha amiga Emma...
a nossa querida Emma...
que sempre nos auxiliava, cheia de boa vontade no Projeto Envolva-se com a Dietschi lá de Rondinha...
e que agora junta-se com suas amigas a fazer trabalho social em Novo Hamburgo, mas não este trabalho que faz-se só pra contar... Não! É o encontro de um grupo que se reúne a anos pelo prazer do encontro físico e espiritual e ainda ajudam como podem...
Emma minha amiga lá de Rondinha...
ou seria de Novo Hamburgo?
Bem, isso pouco importa... Importante é o que ela me mandou... Foi Rubem Alves que escreveu mas a gente trabalhava para que a Detschi fosse Asas e a gente conseguiu... alguns alunos nossos conversam comigo até hoje me contando de suas conquistas nos vôos que vem alçando por aí...
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves
a nossa querida Emma...
que sempre nos auxiliava, cheia de boa vontade no Projeto Envolva-se com a Dietschi lá de Rondinha...
e que agora junta-se com suas amigas a fazer trabalho social em Novo Hamburgo, mas não este trabalho que faz-se só pra contar... Não! É o encontro de um grupo que se reúne a anos pelo prazer do encontro físico e espiritual e ainda ajudam como podem...
Emma minha amiga lá de Rondinha...
ou seria de Novo Hamburgo?
Bem, isso pouco importa... Importante é o que ela me mandou... Foi Rubem Alves que escreveu mas a gente trabalhava para que a Detschi fosse Asas e a gente conseguiu... alguns alunos nossos conversam comigo até hoje me contando de suas conquistas nos vôos que vem alçando por aí...
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves
Tuesday, April 05, 2011
Loucos e Santos
(Oscar Wilde)
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me
esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me
esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
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